Conservação da biodiversidade em espaço urbano

5 comentários:

Unknown disse...

Cara Ana,

Muito esclarecedora sua apresentação. A problemática que envolve a biodiversidade urbana já inicia na formulação de sua definição. Primeiramente, Petersen et al (2007) engloba no conceito apenas a diversidade de seres vivos existentes nos centros urbanos, Muller (2010) ampliou essa definição para incluir os seres vivos que habitam no meio urbano e nos seus arredores. Porém existe a necessidade de inserir o comportamento humano na definição (FARINHA-MARQUES, P. et al.,2011). O desafio maior é integrar toda a dinâmica de planejamento urbano, especialmente os planos setoriais ambientais aos planos e políticas inerentes à habitação, saneamento básico e mobilidade.
Grande Abraço
Natalia Gomes

Isabel Campos disse...

Olá Ana Conceição!
Gostei muito da abordagem que fez ao tema em estudo! Como refere no seu trabalho, apesar das consequências que o processo de urbanização tem nos ecossistemas, estes continuam a assegurar uma série de serviços fundamentais para a população das cidades que, como também refere, têm um grande valor económico. A produção de alimentos, p.e. em pequenas hortas urbanas ou jardins, constitui um rendimento extra para as famílias, especialmente importante em períodos de crise, para além de contribuir para a saúde física e psicológica da população, limitando os gastos nesta área. A beleza destes locais, como os parques urbanos, contribui também para a economia da região devido à procura turística. Para além disso, ao assegurarem a regulação do ciclo da água, a regulação da temperatura, a redução da poluição sonora, o tratamento dos desperdícios produzidos evitam o investimento em estruturas artificiais capazes de assegurar estes serviços. Tornasse por isso necessário, tal como refere, proceder a uma avaliação de todas estes valores. Esta avaliação é fundamental, para que os decisores responsáveis, possam definir políticas de base conducentes à integração e preservação da biodiversidade no espaço urbano.
Cumprimentos,
Isabel Campos
Bibliografia:
Gomez-Baggethun, E., Barton, D.N. (2013). Classifying and valuing ecosystem services for urban planning. Ecological economics, 86: 235-245.

João Alves disse...

Cara colega Ana, gostei muito da sua apresentação. Explicita, muito bem ordenada e apresentando a questão de uma forma absolutamente coerente. De facto, como diz. O meio urbano sendo uma ameaça à conservação da biodiversidade apresenta, contudo, muitas oportunidades. Existe um grande problema ainda nas populações e nos decisores técnicos e políticos, em olhar para o espaço verde como áreas de recreio e lazer, e, quando muito, para dar “bons ares”. Há uma tendência para manter os espaços demasiado impermeáveis, “limpos e asseados”, esquecendo que, apesar do benefício dos corredores ecológicos para obviar à fragmentação dos habitats, os pequenos mosaicos são igualmente úteis para a conservação de biodiversidade adaptada a esses mosaicos. Tenho muita dificuldade, por exemplo, com as queixas por causa do pó das árvores, dos pássaros, dos caminhos dos jardins e parques que não são impermeáveis, etc. Há, portanto, uma necessidade de levar ao conjunto da população os conceitos de biodiversidade e que um habitat pode ser tão só as fendas de um muro.

Unknown disse...

Estimada colega Ana,
o teu trabalho está muito bem conseguido, abrangente e estruturado gostei particularmente da enfase que deste ao Indice de Diversidade Urbana, que tem como objetivo genérico medir a Biodiversidade Urbana e ser uma avaliação para potencialmente reduzir os impactos para com a biodiversidade.
No entanto verifica-se na página 20 que o assunto recai sobre o Plano de Ação para a Biodiversidade. Dessa forma julgo que se possa focar para além dos objetivos expostos e que são importantes, acrescentaria um alargamento dos planos com incidência regional ou para zonas / áreas urbanas comtemplando conjuntos de cidades e Municípios e que fosse integradora com as populações locais e administrações centrais de forma a capitalizar, projetar e tornar mais abrangente dimensões de áreas tão distintas como a arquitetura a economia a educação ambiental o crescimento verde e com isso tornar os planos ainda mais abrangentes e interligados.
Por último e de modo a gerar uma melhoria continua na nossa aprendizagem acrescentaria para além dos três objetivos enunciados na página 22;
- Educação e população mais participativa e ativa
- Politicas de apoio a parceiros locais / regionais no sentido de desenvolver processos e medidas mitigantes para a conservação da Biodiversidade
- Fundos estruturais a nível nacional com objetivos diretos com a biodiversidade e que fossem majorações comprovadas para o fim a que se destinam,
cump,

Raquel Loio disse...

Gostei da apresentação. É um tema que se deve partilhar, é importante fazer o melhor daquilo que temos, considerando sempre a Natureza que somos!

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